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A ImunoTera e o desafio da COVID-19


*Imagens Freepick

O cenário de enfrentamento da COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, representa um dos maiores desafios de saúde pública em escala global desse século. Neste curto período, devido a demanda por avanços em direção à cura e ampliação do acesso ao diagnóstico, 11 vacinas foram aprovadas para uso emergencial pela OMS (Organização Mundial da Saúde) com objetivo de atender à necessidade atual e respeitando os critérios rigorosos de segurança, eficácia e qualidade dos imunizantes (1). No Brasil, seis vacinas contra a COVID-19 estão atualmente disponíveis, sendo quatro delas aprovadas para uso emergencial pela ANVISA e outras duas com autorização para exportação excepcional (2).

As vacinas aprovadas pela ANVISA e disponibilizadas no Brasil contra a COVID-19, possuem diferentes tecnologias (vírus inativado, adenovírus ou RNA mensageiro), que geram resposta semelhante em indivíduos imunizados: a produção de anticorpos neutralizantes capazes de reconhecer e eliminar o vírus SARS-CoV-2. Contudo, o estímulo da imunidade contra a COVID-19 é um processo complexo, influenciado por diferentes fatores e que pode variar de uma pessoa para outra.

No desenvolvimento de vacinas profiláticas (preventivas), o principal alvo dos estudos em desenvolvimento é a produção de anticorpos neutralizantes, que impedem a entrada do vírus nas células humanas. Entretanto, não é possível estimar a proteção de um imunizante apenas pela presença de anticorpos. A proteção contra a doença pode ocorrer também através da ativação de outras células do sistema imunológico, como as células T. Essas células são cruciais para o desenvolvimento de uma proteção duradoura, pois são capazes de ativar células de memória, que, por sua vez, ensinam o sistema imunológico a reconhecer e eliminar o coronavírus sempre que estiver presente no organismo. Além disso, estudos demonstram que respostas imunológicas geradas pelas células T são menos afetadas pelas mutações do SARS-CoV-2 do que as respostas geradas por vacinas baseadas na produção de anticorpos neutralizantes, sugerindo que a proteção gerada pelas células T são eficazes contra variantes (3).

A vacinação tem sido uma ferramenta-chave para redução do número de mortes e casos graves por COVID-19. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Federal da Paraíba, o avanço da vacinação contra COVID-19 no Brasil reduziu 96,44% do número de óbitos causados pela doença (4). E, apesar destes números representarem uma ação de saúde pública eficaz, a circulação e mutação do vírus SARS-CoV-2 ainda suscita inúmeros desafios para o sistema de saúde e gera relevantes impactos socioeconômicos. Portanto, as variantes circulantes do vírus encontram-se sob a vigilância de inúmeros países, devido, principalmente, à possível relação com o aumento repentino de novos casos, a severidade da doença e os efeitos prejudiciais sobre a eficácia das vacinas disponíveis e em desenvolvimento.

No Brasil, o número de óbitos ultrapassa 670 mil casos desde o início da pandemia, com média de aumento de 34% no número de novos casos comparado ao último mês (dados referentes a junho/2022) (5).

A cobertura vacinal no país é de 77,89% da população total, e a distribuição de doses reforço à população é recomendada pela Diretoria Colegiada da ANVISA, com o objetivo de ampliar a proteção, evitando a queda do nível de anticorpos induzido pelas vacinas e reduzindo a chance de infecção em caso de novas variantes (6). Essas orientações ressaltam a importância de se investigar a longevidade da imunização na população e a necessidade de novas abordagens que visem, não só a prevenção, como o tratamento da COVID-19.

A ImunoTera tem trabalhado em busca de soluções terapêuticas para o enfrentamento da COVID-19, que atendam às necessidades, principalmente, de pacientes que já apresentam a doença. A plataforma em desenvolvimento tem como objetivo induzir resposta imunológica baseada em células T, prevenindo a ação do vírus a partir da ativação do sistema imunológico, como também, visando o tratamento de pacientes que se encontram infectados pelo vírus SARS-CoV-2.

Ensaios pré-clínicos têm sido conduzidos nos últimos meses, e a plataforma vacinal demonstrou proteção parcial no tratamento de animais infectados com o SARS-CoV-2, quando comparados aos grupos não tratados. A proposta é inovadora e aborda uma estratégia terapêutica para pacientes acometidos com a severidade da doença, proporcionando uma melhor recuperação e qualidade de vida. Vale ressaltar que, a ImunoTera acredita que a vacinação é a metodologia mais eficaz no combate à propagação da doença e ao surgimento de novas variantes da COVID-19, e por isso, orienta e incentiva a administração das vacinas que se encontram disponíveis gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).


Referências


1. COVID-19 Vaccines with WHO Emergency Use Listing. Disponível em: https://extranet.who.int/pqweb/vaccines/vaccinescovid-19-vaccine-eul-issued

3. de Castro, Mateus V., et al. "Monozygotic twins discordant for severe clinical recurrence of COVID-19 show drastically distinct T cell responses to SARS-Cov-2." medRxiv (2021).

4. Araujo, Fernando HA, and Leonardo HS Fernandes. "Lighting the populational impact of COVID-19 vaccines in Brazil." Fractals 30.03 (2022): 2250066.

5. Em alta, média móvel de mortes por Covid no Brasil se aproxima de 200 por dia. Disponível em: https://g1.globo.com/saude/coronavirus/noticia/2022/06/27/em-alta-media-movel-de-mortes-por-covid-no-brasil-se-aproxima-de-200-por-dia.ghtml

6. Mapa da vacinação contra Covid-19 no Brasil. Disponível em: https://especiais.g1.globo.com/bemestar/vacina/2021/mapa-brasil-vacina-covid/



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